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A controversa questão dos ‘contratos escravos’ tem crescido a tais proporções que até companhias internacionais estão parando para tomar conhecimento do que está se passando. Após observar casos como o do JYJ contra a SM Entertainment e do KARA contra DSP Entertainment, muitas companhias de entretenimento do Japão têm expressado sua confusão sobre o motivo de rescisões contratuais estarem se tornando um assunto tão controverso.
Rescisões contratuais são raramente vistas na indústria musical japonesa. Como é o caso do grupo ídolo SMAP, que estreou em 1991, e está cada vez mais forte em sua carreira de 20 anos como um dos grupos mais populares na indústria do país.
Representantes de companhias japonesas acreditam que o segredo para a longevidade de grupos ídolos está nas condições justas e razoáveis dos contratos assinados. “No caso do TVXQ, o principal problema está na duração do contrato, que é de 13 anos, enquanto que no Japão 1 ou 2 anos de contrato é a norma”, declarou o representante de uma editora de revistas afiliada a uma das 5 maiores companhias de mídias no Japão.
Em outras palavras, as companhias japonesas utilizam-se de um sistema baseado em incentivos pessoais – se um grupo atinge popularidade e obtém um lucro sólido durante seu período de contrato, esse mesmo grupo receberá um salário maior no ano seguinte ao desses resultados. Outros métodos incluem a realização de um pagamento mensal pré-determinado, o que por sua vez permite que as celebridades menos populares possam pagar suas despesas e custeio de vida, o que reforça a lealdade da mesma com a companhia.
Uma característica especial sobre as companhias de entretenimento japonesas é a relação humanitária compartilhada entre elas e seus artistas. O representante de um grupo especializado na gestão de celebridades ligado a diversas companhias japonesas disse: “Não se trata de lidar com as celebridades como ‘itens’, mas agenciá-las através de uma relação de compreensão e igualdade, como seres humanos”.
Houve um caso em 2009 quando o contrato de uma atriz e modelo impressionou a muitos por causa de seus detalhes. “Nós não toleramos dores emocionais e físicas causadas pelo trabalho forçado”, foi dito. “As agendas de compromissos sempre devem ser ajustadas de modo a resultar em uma maior qualidade das nossas modelos e atrizes”.
O diretor-executivo de uma companhia pequena, Sasaki Masumi, declarou: “Faz parte dos negócios do entretenimento passar por dificuldades na gestão de celebridades já que elas são os nossos ‘produtos’, mas não se trata apenas de agenciar uma celebridade, é também focar em ajudá-las a se desenvolverem como artistas, como aprofundando seus conhecimentos sobre o seu ofício”.
No entanto, isso não quer dizer que a indústria musical japonesa não presencie artistas deixando suas companhias devido a complicações ou opiniões diferentes. Embora a maioria dos artistas deixe uma companhia por não obter tanta popularidade quanto era esperado, há também muitos casos nos quais as celebridades ganham ainda mais fama por deixarem suas companhias, como o ator Masahiro Motoko (do ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro ‘Okuribito’). Para o caso do JYJ, no entanto, esta é a primeira vez que um grupo é impedido de realizar apresentações musicais públicas pela simples força de sua poderosa e antiga companhia, só por ter deixado a mesma.
Internautas comentaram coisas como: “O princípio de alguém se tornar um traidor pelo simples fato de ter sido tão bem cuidado não faz sentido algum. A companhia está impedindo as suas atividades e se tornando um obstáculo”; “Era melhor se ela tivesse cuidado melhor deles em primeiro lugar. Sou um tanto cético, mas a companhia deveria devolver a quantia que eles ganharam e dar a eles o direito de escolha”; “Eu acredito que há muito o que se aprender com estes casos estrangeiros”; entre outros.
Fonte: Sarangingayo
Até mais minna-san! =^.~=
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